Impasse
Sinpro/RS realiza mobilizações
Rede privada pede aumento de 7% e aproximação dos salários no Ensino Fundamental
Ígor Islabão -
Após a segunda rodada da negociação salarial entre professores, técnicos e patronal do ensino privado, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) iniciou nesta quinta-feira (30) mobilizações para relatar a pais, alunos e sociedade o que chama de contradições do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) e apresentar a pauta de reivindicações da classe. Em Pelotas, as ações se concentraram em escolas e instituições de Ensino Superior. A nova reunião entre os dois lados ocorrerá na próxima terça-feira.
O embate tem se dado, principalmente, por conta da negativa patronal em reajustar o salário dos professores em 7%, o que significaria um ganho real de 2,31%, tendo em vista a inflação fixada pelo INPC em 4,69%. O Sinpro/RS argumenta que o reajuste nas mensalidades, costumeiramente de 11% na educação básica e 10,5% na superior, para 2017 foi fechado, na média, em 120% acima da inflação. “É um descompasso em termos de necessidade das empresas. É abusivo”, argumenta o coordenador da Regional Pelotas do Sinpro/RS, Luiz Otávio Pinhatti. Já o presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, considera os 7% algo “completamente fora da realidade”. “Estão solicitando mais de 50% de ganho real em cima da inflação no momento em que a educação superior teve queda de alunos, que a educação básica teve manutenção de alunos, no momento em que estamos começando a sair da crise. Mas vamos conversar”, comenta.
Está também na pauta do Sinpro/RS a negativa em aumentar o número limite de alunos por sala de aula. Há, na Convenção Coletiva de Trabalho da educação básica, um número estabelecido: até cinco crianças em turmas de zero a dois anos; até oito em classes de dois a três anos; até 15 em classes de quatro a cinco anos; até 22 em turmas com alunos a partir de cinco anos. De acordo com Pinhatti, esse acordo de limitação tem como objetivo garantir a qualidade de ensino e melhores condições de trabalho para os professores, que acabam ficando sobrecarregados em caso de rompimento do número fixado.
Ainda na pauta de reivindicações do Simpro/RS está a aproximação salarial dentro do Ensino Fundamental. Atualmente, o piso para professores da educação infantil e dos anos iniciais é inferior aos docentes das séries finais - 6º ao 9º ano. O sindicato reivindica uma diminuição de 20% nos valores hora/aula.
Pelotas no ensino privado
Ensino Pré-Escolar
Docentes: 204
Escolas: 72
Ensino Fundamental
Docentes: 443
Escolas: 18
Ensino Médio
Docentes: 161
Escolas: 9
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